Na noite desta quinta-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir as sanções financeiras impostas ao ministro Alexandre de Moraes pelos Estados Unidos. A reunião ocorreu no Palácio da Alvorada e contou com a presença de importantes figuras do Judiciário, incluindo o presidente da Corte, Luiz Roberto Barroso, e os ministros Cristiano Zanin e Gilmar Mendes.
O vice-presidente Geraldo Alckmin expressou sua desaprovação em relação à aplicação da Lei Magnitsky, afirmando que a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira é inaceitável. Ele destacou que a independência do Poder Judiciário é um valor fundamental para a democracia e que não há justificativa legal para punir um juiz que exerce suas funções.
A Procuradoria-Geral da República também manifestou sua preocupação, descrevendo as sanções como uma imposição inaceitável e reafirmando o apoio às deliberações do STF. O ministro Gilmar Mendes reforçou a importância do trabalho de Moraes na defesa da democracia, enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, declarou que o Judiciário é essencial para a soberania nacional e não admite interferências externas.
Alexandre de Moraes, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto, participou de um evento esportivo na quarta-feira, onde torceu pelo Corinthians. A Advocacia-Geral da União está avaliando possíveis reações às sanções aplicadas ao ministro, em meio a um clima de solidariedade entre os poderes.