O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou na noite de sexta-feira (1º) sua disposição para o diálogo com os Estados Unidos, em meio à imposição de tarifas comerciais e sanções direcionadas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma postagem nas redes sociais, Lula destacou que sua prioridade é mitigar os impactos econômicos e sociais das medidas unilaterais adotadas pelo governo norte-americano.
A declaração de Lula ocorreu poucas horas após o presidente dos EUA, Donald Trump, manifestar interesse em conversar com o líder brasileiro. Trump afirmou que Lula pode contatá-lo a qualquer momento e expressou curiosidade sobre os possíveis tópicos de negociação. Durante uma coletiva, Trump justificou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, alegando que as decisões anteriores de governo foram inadequadas.
Na última quinta-feira (31), Trump assinou uma ordem executiva que estabelece novas tarifas recíprocas para diversos países, com a maioria das medidas entrando em vigor a partir de 7 de agosto. O Brasil, que já enfrentava tarifas elevadas, agora se vê em uma situação desafiadora, enquanto outros países, como a Argentina, conseguiram taxas mais favoráveis, de apenas 10%.
As tarifas variam entre 10% e 41% para nações com déficit comercial significativo em relação aos EUA, conforme a Casa Branca. A situação gera tensões diplomáticas, mas especialistas apontam que o impacto econômico pode ser limitado a curto prazo.