O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo, 3, durante o 17º Encontro Nacional do PT em Brasília, que não se deixará levar por mágoas ou ódio decorrentes de sua experiência na Operação Lava Jato, que resultou em sua prisão por 580 dias. Lula destacou que sua prioridade é governar para o povo brasileiro, enfatizando a importância de políticas de inclusão social. "Fui eleito para governar para esse povo", declarou.
Ao abordar questões políticas, Lula anunciou o veto ao projeto que aumentava o número de deputados federais, alegando que o país não precisa desse tipo de medida no momento. Ele também comentou sobre sua saúde, afirmando que pretende estar 100% apto para concorrer nas eleições de 2026, e que sua candidatura será para vencer, em contraste com a situação do ex-presidente dos EUA, Joe Biden.
O presidente criticou a oposição, mencionando especificamente o deputado Eduardo Bolsonaro, que defendeu a tarifação de produtos brasileiros nos Estados Unidos. Lula expressou a necessidade de resgatar símbolos nacionais, como a bandeira e a camiseta da seleção, que foram apropriados por bolsonaristas. Além disso, ele ressaltou a importância de o PT conquistar mais cadeiras no Congresso Nacional nas próximas eleições, afirmando que a atual composição dificulta a aprovação de propostas, apesar de ter conseguido avançar com a reforma tributária.
Lula também fez referência a figuras históricas do partido, como Delúbio Soares e José Dirceu, que foram absolvidos pelo STF em casos relacionados ao Mensalão e à Lava Jato. Ele concluiu seu discurso ressaltando que, embora o PT tenha sido vitorioso em diversas eleições, é fundamental aprender com os erros do passado para evitar repeti-los.