O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Marluce Caldas como a nova ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta quarta-feira, 20 de agosto de 2025, em uma cerimônia realizada no Palácio da Alvorada. A procuradora do Ministério Público de Alagoas teve sua indicação anunciada pelo Palácio do Planalto no início de julho e, após ser sabatinada no Senado na semana passada, recebeu aprovação unânime dos senadores. A assinatura da nomeação foi acompanhada pelo presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, e pela senadora Eudócia Caldas (PL-AL), mãe do prefeito de Maceió, JHC, que é sobrinho de Marluce e apoiou sua indicação.
Marluce Caldas formou-se em Direito pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) em 1982 e ingressou no Ministério Público de Alagoas quatro anos depois, sendo promovida a procuradora de justiça em 2021. Sua carreira é marcada pela atuação nas áreas criminal e de direitos humanos. A escolha da nova ministra também envolveu articulações políticas significativas em Alagoas, com a participação de grupos adversários, incluindo o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), além de seu filho, o ministro Renan Filho.
A nomeação de Marluce Caldas para o STJ pode ter implicações importantes para a política local e nacional, especialmente considerando a movimentação do prefeito JHC em relação ao seu partido. A articulação política em torno da escolha sugere um esforço do governo Lula para fortalecer sua base em Alagoas, um estado com disputas políticas acirradas. A nova ministra traz consigo uma experiência significativa e um histórico de atuação em áreas sensíveis, o que poderá influenciar decisões judiciais relevantes no país.