O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a isenção de impostos sobre 10 alimentos com o objetivo de controlar os preços e aliviar a inflação. A medida, que entrou em vigor em março de 2024, não teve o efeito esperado nas importações, que apresentaram queda em seis dos produtos isentos, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Entre os alimentos com redução nas importações, destaca-se o azeite de oliva extra virgem, que viu suas compras caírem de US$ 263 milhões para US$ 161 milhões, uma retração de 39% em um ano. A carne bovina desossada e as massas alimentícias também registraram quedas significativas, de 22% e 11%, respectivamente. Apesar de algumas reduções, itens como sardinha em conserva e açúcares de cana mantêm um volume de importação muito baixo, o que torna as variações mais impactantes.
Por outro lado, quatro alimentos apresentaram aumento nas importações, com o milho se destacando ao passar de US$ 42,4 milhões para US$ 72,1 milhões, uma alta de 70,3%. O café não torrado em grão também teve um aumento expressivo, saltando de quase zero para US$ 26,7 milhões, embora sua produção seja majoritariamente nacional. No total, os 10 alimentos isentos representam apenas 0,4% do total importado pelo Brasil em dólares e 0,8% em peso.
Em relação à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma queda de 0,18% em junho para os itens de alimentação em domicílio, marcando a primeira retração desde agosto de 2024. A redução nos preços dos alimentos é um compromisso do presidente Lula e um fator importante para sua popularidade.