O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou o Exército de Israel de cometer genocídio e matar crianças na Faixa de Gaza durante uma entrevista a uma rádio de Minas Gerais, na última sexta-feira (29). Lula afirmou que a situação em Gaza é inaceitável e destacou que o exército israelense não está enfrentando um exército, mas sim atacando civis, incluindo mulheres e crianças. Ele reiterou seu apoio à criação de um Estado palestino, defendendo que os palestinos devem viver em um território demarcado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e em harmonia com Israel.
As declarações de Lula surgem em um contexto de crescente tensão nas relações entre Brasil e Israel, especialmente após o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ter classificado o presidente brasileiro como “antissemita” e apoiador do Hamas. Lula já havia enfatizado anteriormente que a solução para o conflito no enclave palestino passa pelo fim da ocupação israelense e pediu ao mundo que não permaneça indiferente ao que considera um genocídio em Gaza.
Essas afirmações podem agravar ainda mais o congelamento nas relações bilaterais, uma vez que o governo de Netanyahu desistiu de nomear um embaixador no Brasil devido à demora na resposta do governo petista ao pedido de agrément para um novo diplomata. A situação destaca a complexidade das relações internacionais e o impacto das declarações políticas no cenário global.