O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou ao presidente da França, Emmanuel Macron, nesta quarta-feira (20), pela manhã, para discutir as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Durante a conversa, que durou quase uma hora, Lula repudiou o uso político dessas tarifas e relatou as medidas que seu governo tem adotado para proteger trabalhadores e empresas brasileiras. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) confirmou que Lula também mencionou o recurso apresentado à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas norte-americanas, classificadas como injustificadas. Apesar de não reconhecer a legitimidade de instrumentos unilaterais dos EUA, como a Seção 301, Lula destacou os esforços do Brasil para concluir novos acordos comerciais e abrir mercados. Ele mencionou a finalização do Acordo MERCOSUL-EFTA e a prioridade nas negociações com Japão, Vietnã e Indonésia. Além disso, Lula e Macron comprometeram-se a avançar nas tratativas para a assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia ainda neste semestre. A defesa do multilateralismo, um tema central nas viagens internacionais de Lula, será abordada na Cúpula Virtual do Brics em setembro, reforçando a imagem do Brasil no cenário global diante das dificuldades impostas pelo tarifaço norte-americano.
Lula contesta tarifas dos EUA em conversa com Macron
