O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou, nesta sexta-feira (1°), sua equipe de governo e o Banco Central a encontrarem alternativas de financiamento para o setor imobiliário, em resposta ao aumento dos saques da caderneta de poupança, principal fonte de recursos para crédito habitacional no Brasil. A medida visa impulsionar as contratações no programa Minha Casa, Minha Vida, especialmente para a classe média.
Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, Lula destacou a importância de apresentar um programa habitacional abrangente, que atenda não apenas a população de baixa renda, mas também cidadãos que ganham até R$ 12 mil. Ele cobrou uma resposta dos ministros e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre as propostas discutidas em reunião anterior, realizada em junho.
O ministro das Cidades, Jader Filho, sugeriu a liberação dos depósitos compulsórios da poupança, atualmente fixados em 20%, como uma forma de liberar mais recursos para o crédito imobiliário. Ele enfatizou que 80% dos recursos devem ser direcionados exclusivamente para contratos de habitação, com limites na taxa de juros, para atender à demanda da classe média, que enfrenta dificuldades para obter financiamento.
A caderneta de poupança, que registrou um resgate líquido de R$ 49,6 bilhões em 2025, teve uma entrada líquida de R$ 2,1 bilhões em junho, marcando o segundo mês consecutivo de resultado positivo. O governo busca soluções criativas para reverter a tendência de saques e garantir o acesso à habitação para a população brasileira.