A diretora do Federal Reserve (Fed), Lisa Cook, rejeitou nesta terça-feira (26) a ordem do presidente Donald Trump para sua demissão, afirmando que ele não tem autoridade legal para tal intervenção. Após solicitar sua renúncia na semana passada, Trump publicou uma carta em sua plataforma Truth Social, alegando ter demitido Cook ‘com efeito imediato’, citando acusações de declarações falsas em contratos hipotecários. Cook, a primeira mulher afro-americana no Fed, declarou que não renunciará e que a alegação de Trump não possui respaldo legal.
Em seu comunicado, Cook foi apoiada por seu advogado, Abbe Lowell, que se comprometeu a tomar todas as medidas necessárias para evitar o que considera uma tentativa ilegal de demissão. A situação é complexa, pois a Suprema Corte dos EUA indicou que membros do Fed só podem ser destituídos com uma justificativa legal clara. A denúncia feita contra Cook por um aliado de Trump levanta questões sobre a legitimidade das acusações e a autonomia do banco central americano.
As implicações dessa disputa são significativas, com críticos como a senadora Elizabeth Warren chamando a ação de Trump de ‘tomada de poder autoritária’. A pressão sobre o Fed tem aumentado, especialmente em um contexto onde Trump critica o presidente da instituição, Jerome Powell, por sua política monetária. O desdobramento desse caso poderá influenciar não apenas a carreira de Cook, mas também o futuro das relações entre o governo e o banco central dos EUA.