A diretora do Federal Reserve, Lisa Cook, declarou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tem autoridade para demiti-la e que planeja continuar em seu cargo. Na segunda-feira (25), Trump anunciou sua demissão em uma carta publicada em suas redes sociais, um ato sem precedentes na história do banco central americano, que não via uma demissão desse tipo há 111 anos. Essa medida representa uma escalada na tensão entre o presidente e o Fed, que Trump critica por sua lentidão na redução das taxas de juros.
Cook tem enfrentado críticas por supostas fraudes hipotecárias, alegações que estão sendo investigadas pelo Departamento de Justiça. A lei estipula que um presidente só pode remover membros do Fed por justa causa, e a definição do que constitui essa justa causa não é clara. A demissão pode ser contestada judicialmente, o que poderia levar o caso até a Suprema Corte, criando incertezas sobre a continuidade de Cook no cargo e a possibilidade de Trump nomear um substituto.
A situação levanta preocupações sobre a independência do Federal Reserve e suas implicações para a política monetária dos EUA. Especialistas alertam que a tentativa de Trump de influenciar o Fed pode prejudicar a credibilidade econômica do país, afetando negativamente ativos como ações e o dólar. A senadora Elizabeth Warren criticou a ação de Trump como uma tentativa autoritária de controle sobre o banco central, destacando a importância da autonomia do Fed para garantir decisões baseadas em dados econômicos e não em interesses políticos.