Priscila Moreira Janis e Ingrid Fontinelles Moraes, apontadas como chefes de facções criminosas, foram presas neste domingo (3) em um shopping no Rio de Janeiro. As duas estavam foragidas desde 2022, após a Operação Dissidência, que resultou na prisão de Priscila e seu ex-marido Robson Junior Jardim dos Santos, ambos suspeitos de envolvimento em mais de 100 assassinatos em Sorriso, a 420 km de Cuiabá.
De acordo com o delegado Bruno França, Priscila, que teve sua prisão convertida em domiciliar devido à gravidez, fugiu para o Rio de Janeiro, onde continuou a comandar atividades criminosas. Ingrid, que é esposa de outro chefe de facção, também foi detida por organização criminosa e tráfico de drogas. A Polícia Civil informou que, mesmo longe de Mato Grosso, as duas continuaram a ordenar crimes na região.
Priscila Moreira Janis, que assumiu a liderança do Comando Vermelho em Sorriso, foi responsável por uma guerra de facções que resultou em uma série de homicídios entre 2022 e 2023. Sua postura violenta levou à formação de uma facção rival, conhecida como Tropa do Castelar, intensificando a disputa pelo controle do tráfico na área. Após a guerra, a Tropa foi incorporada ao PCC, aumentando ainda mais a complexidade do cenário criminal na região.