O líder do PT (Partido dos Trabalhadores) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, fez um apelo ao presidente da Casa, Hugo Motta, para que corte o salário e bloqueie o pagamento de cota parlamentar a Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente se encontra nos Estados Unidos. Farias argumenta que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro tem atacado a democracia e sabotado a economia, além de chantagear os Três Poderes. Ele também requer que Motta indefira o pedido de Eduardo para exercer o mandato à distância, alegando que tal prática não existe no ordenamento jurídico brasileiro.
Na quinta-feira (29), um ofício foi enviado à Presidência da Câmara solicitando autorização para o exercício remoto do mandato, com Eduardo justificando sua ausência por perseguições políticas. Em resposta, Hugo Motta reiterou que não há previsão legal para o exercício do mandato à distância, exceto durante a pandemia de Covid-19, quando os parlamentares não podiam comparecer a Brasília. Motta enfatizou que Eduardo Bolsonaro deve ser tratado conforme as normas regimentais e que cabe aos deputados apresentar representações contra ele no Conselho de Ética.
As implicações desse pedido podem ser significativas para a dinâmica política na Câmara dos Deputados, especialmente em um momento em que a relação entre os parlamentares e a presidência da Casa está sob escrutínio. A situação também levanta questões sobre a legitimidade do exercício parlamentar em circunstâncias excepcionais e pode influenciar futuras decisões sobre a presença física dos deputados em Brasília. O desdobramento desse caso poderá impactar a imagem de Eduardo Bolsonaro e suas relações políticas dentro do Congresso.


