O líder do PT, Lindbergh Farias, admitiu que a articulação do governo Lula falhou ao tentar controlar a CPI do INSS, resultando em uma derrota significativa para os governistas. A oposição elegeu o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente da comissão, com 17 votos contra 14, o que surpreendeu a base governista que não esperava tal mobilização. Farias destacou que houve uma subestimação da oposição e que a falta de mobilização da base foi um erro claro.
Após a derrota, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), convocou uma reunião de emergência com líderes do governo e integrantes do PT para discutir o resultado e reforçar a necessidade de uma articulação mais eficaz entre Senado e Câmara. Apesar da derrota, Farias assegurou que o governo ainda terá maioria na comissão e expressou confiança na transparência das investigações sobre descontos indevidos em aposentadorias. A CPMI, que parecia sob controle governista, agora está sob a liderança de dois opositores, o que pode intensificar os desafios para o Executivo.
A nova configuração da CPI do INSS pode trazer desdobramentos significativos para o governo Lula, especialmente em um momento em que a transparência e a responsabilidade fiscal são cruciais. A oposição, agora fortalecida na comissão, poderá influenciar as investigações e potencialmente desgastar ainda mais a imagem do governo. A situação exige uma resposta rápida e eficaz da base governista para evitar novas surpresas políticas.