Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, apontado como uma das principais lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), será transferido para um presídio de segurança máxima em São Paulo. A decisão foi anunciada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em 31 de julho, com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) responsável por determinar a unidade para onde ele será enviado. Até o momento, a SAP informou que Tuta ainda não foi registrado no sistema prisional.
Tuta foi preso na Bolívia em maio de 2023 ao tentar renovar sua identidade boliviana com um documento falso. A prisão ocorreu durante uma operação conjunta da Polícia Federal, após ele estar foragido desde 2020. Apesar de ter perdido parte de sua influência, ele ainda é considerado uma figura relevante dentro da cúpula do PCC, tendo sido condenado a 12 anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa, em decorrência da Operação Sharks.
O promotor Lincoln Gakiya revelou que o PCC espalhou informações falsas sobre a morte de Tuta para evitar que as autoridades o incomodassem, enquanto ele planejava a fuga de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo da facção. Tuta também foi um dos principais nomes do PCC durante os ataques de maio de 2006 em São Paulo, que resultaram na morte de 564 pessoas, incluindo 59 agentes públicos.