A Lei Magnitsky, que impõe sanções a indivíduos e entidades por violações de direitos humanos, evidencia a dependência global em relação à infraestrutura digital, financeira e tecnológica dos Estados Unidos. Apesar do crescimento de potências como China e Rússia, os EUA permanecem como um ator central no cenário global, sem alternativas viáveis que possam substituí-los. As sanções baseadas nesta lei demonstram que a influência americana transcende o âmbito político, com empresas como Google, Apple e Microsoft dominando serviços essenciais que conectam pessoas e governos ao redor do mundo.
Enquanto a China e a Rússia tentam desenvolver suas próprias tecnologias, como as oferecidas por Tencent e Huawei, essas empresas enfrentam desconfiança internacional devido a questões de transparência e segurança. A Huawei, por exemplo, foi banida de diversos países por suspeitas de comprometer a segurança das redes. Em contraste, os Estados Unidos oferecem um ecossistema robusto sustentado por inovação e um mercado aberto, atraindo parceiros internacionais e promovendo um ciclo de adoção voluntária de suas tecnologias.
A busca da Rússia e da China por alternativas à dependência americana enfrenta desafios significativos, incluindo resistência política e técnica. No Brasil, uma desvinculação total dos Estados Unidos é considerada inviável, uma vez que o país depende de serviços fundamentais como Gmail, iPhone e WhatsApp, todos vinculados a empresas norte-americanas. Assim, a Lei Magnitsky não apenas reforça a posição dos EUA como líder global, mas também destaca a interdependência mundial em relação à sua infraestrutura tecnológica e financeira.