Os lançamentos de projetos do Minha Casa Minha Vida (MCMV) apresentaram uma queda de 15,5% no segundo trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 44,2 mil unidades. Em contraste, as vendas de moradias aumentaram 11,9%, atingindo 46,9 mil unidades. Esses dados foram divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que revelou que o programa representou 47% dos lançamentos totais do mercado no segundo trimestre.
O economista Celso Petrucci comentou que a diminuição nos lançamentos pode estar ligada à falta de recursos orçamentários para o MCMV, embora o orçamento tenha sido ampliado recentemente. Ele ressaltou a importância do programa para a oferta de imóveis à população de baixa renda e a necessidade de garantir a continuidade dos lançamentos. O presidente da CBIC, Renato Correia, defendeu a revisão dos parâmetros de contratação do MCMV, alertando que a demora nas discussões pode gerar gargalos na implementação.
As implicações dessa situação são significativas para o mercado imobiliário e para as políticas habitacionais no Brasil. A necessidade de ajustes nos parâmetros do MCMV é urgente para evitar uma paralisação nos lançamentos e garantir que o programa continue atendendo às demandas habitacionais da população. A discussão sobre esses novos parâmetros deve ser priorizada junto ao governo federal para assegurar a eficácia do programa nos próximos anos.