O laboratório Orion, considerado a primeira estrutura de biossegurança máxima (NB4) da América Latina, deu um passo significativo com o início das obras de fundação em Campinas (SP) no dia 21 de setembro de 2023. Com um investimento que aumentou para R$ 1,5 bilhão e uma área ampliada para 29 mil metros quadrados, o projeto visa equipar o Brasil para enfrentar futuras pandemias, sendo o primeiro do mundo a se conectar a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius.
A otimização do projeto foi impulsionada pela experiência internacional da equipe responsável, que visitou laboratórios semelhantes ao redor do mundo. Essas visitas resultaram em ajustes significativos no design e na estrutura do laboratório, aumentando o orçamento e estendendo o prazo de conclusão para 2027. A diretora do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), Maria Augusta Arruda, enfatizou que o Orion permitirá avanços sem precedentes na pesquisa científica, possibilitando a observação de interações biológicas em tempo real.
As implicações do Orion vão além da pesquisa científica; ele representa um marco histórico para a ciência brasileira, conforme ressaltou a ministra Luciana Santos. O laboratório será crucial para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos contra patógenos que podem causar pandemias, preparando o país para desafios futuros na saúde pública. A construção do Orion não apenas posiciona o Brasil como líder em biossegurança na América Latina, mas também reforça a importância da colaboração internacional na ciência.