As chances de formação do fenômeno La Niña aumentaram para 56% durante a primavera no Hemisfério Sul, segundo o último relatório da NOAA (Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos). O nível de alerta para o fenômeno subiu para o estágio conhecido como “Watch” (Alerta), com temperaturas abaixo da média na superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial apresentando características típicas do fenômeno climático. O La Niña, que consiste no resfriamento da superfície do Oceano Pacífico Equatorial, altera padrões atmosféricos e afeta o clima em diversas regiões do planeta. Os efeitos do fenômeno são especialmente sentidos no inverno e na primavera, com mudanças na distribuição de chuvas e nas ondas de frio. As baixas temperaturas já observadas neste inverno indicam sinais de influência de uma “quase” La Niña, favorecendo a entrada de massas de ar polar, responsáveis por episódios de frio intenso no sul do país. Caso o fenômeno se estabeleça, a região Sul deve registrar chuvas irregulares, prejudicando a agricultura e o abastecimento hídrico. A região Sudeste poderá enfrentar mais ondas de frio e temperaturas abaixo da média, enquanto a região Norte deve esperar chuvas acima da média, com risco de elevação do nível dos rios.