O economista norte-americano Paul Krugman renovou suas críticas ao presidente Donald Trump, desta vez em relação à tentativa de demitir Lisa Cook, diretora do Federal Reserve. Segundo Krugman, essa ação é ilegal e pode causar danos significativos além da autoridade monetária. Ele considera as alegações de fraude hipotecária contra Cook como frágeis e ressalta que a responsabilidade agora recai sobre Jerome Powell, presidente do Fed, que deve exigir uma base legal para a saída da diretora.
Krugman argumenta que a tentativa de Trump não se baseia em preocupações legítimas, mas sim em uma estratégia para substituir funcionários independentes por aliados. Ele adverte que, se Powell ceder à pressão ou se a Suprema Corte validar a ação de Trump, as implicações serão profundas e desastrosas para a democracia americana. O economista compara a situação atual com a da Turquia, onde a inflação disparou sob um governo autoritário.
Além disso, Krugman destaca que a acusação contra Cook não justifica sua demissão imediata, já que não há acusações formais do Departamento de Justiça. Ele conclui que a questão transcende a política monetária e se relaciona com a manutenção do Estado de Direito nos Estados Unidos. A postura de Cook em não renunciar é vista como um ato de resistência à pressão política.