O economista e prêmio Nobel Paul Krugman se manifestou nesta sexta-feira (1) sobre as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil, destacando que a lista de exceções revela a fragilidade do poder do republicano. Em um artigo publicado em seu blog no Substack, Krugman argumentou que a isenção do suco de laranja brasileiro, que representa 90% das importações americanas do produto, demonstra que os consumidores americanos, e não os exportadores estrangeiros, arcarão com os custos das tarifas.
Krugman ironizou a decisão de poupar o suco de laranja, questionando por que um produto que pode ser considerado supérfluo foi isentado, enquanto o café, considerado essencial, não recebeu o mesmo tratamento. O economista também observou que 88% das exportações brasileiras são destinadas a países que não os Estados Unidos, sugerindo que o impacto das tarifas pode ser limitado.
Além disso, Krugman classificou como "completamente ilegal" a tentativa de Trump de vincular as tarifas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que não há respaldo legal para tal ação. Ele criticou a estratégia de Trump, que, segundo ele, busca intimidar uma nação de mais de 200 milhões de pessoas, ressaltando que a situação expõe os limites do poder americano no cenário internacional.