A Justiça de Mato Grosso do Sul aceitou a denúncia e tornou réus 21 investigados por receber propina de R$67,8 milhões da JBS durante a gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB). A decisão foi publicada no dia 15 de agosto de 2025 e ocorre sete anos após a denúncia ser protocolada no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os acusados enfrentam acusações de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Vostok.
Entre os réus estão Rodrigo Souza e Silva, filho do ex-governador, o deputado estadual José Roberto Teixeira (PSDB), e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Márcio Campos Monteiro. As investigações revelam que a propina tinha como objetivo conceder benefícios fiscais à JBS, com o dinheiro ilícito sendo reinserido na esfera patrimonial dos denunciados através de doações oficiais de campanha e outras práticas fraudulentas.
O ex-governador Reinaldo Azambuja também é investigado, mas seu processo foi desmembrado devido a questões de foro privilegiado. As defesas dos réus afirmam estar confiantes na absolvição e pretendem contestar o andamento do processo. O desdobramento deste caso pode ter implicações significativas para a política local e para a percepção pública sobre a corrupção no estado.