A Justiça de São Paulo acatou o pedido de habeas corpus da defesa de Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, suspendendo a fiança de R$ 25 milhões que havia sido imposta em sua decisão de soltura. O juiz Paulo Fernando Deroma de Mello havia alertado que o não pagamento da fiança poderia resultar na prisão do empresário, que foi detido em 12 de setembro durante investigações sobre um esquema de corrupção que movimentou R$ 1 bilhão em propinas.
Após a decisão liminar do Tribunal de Justiça, a defesa argumentou que Oliveira não possui condições financeiras para arcar com o valor estipulado. O empresário foi solto em 15 de setembro e, apesar da suspensão da fiança, deverá cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar após as 20h. A investigação do Ministério Público de São Paulo também envolve outros executivos e empresas do setor varejista, levantando preocupações sobre a extensão do esquema.
O caso é considerado de extrema gravidade, e o promotor Roberto Bodini destacou que outras grandes empresas podem ter se beneficiado do mesmo esquema. A investigação começou após um crescimento patrimonial atípico da empresa Smart Tax, ligada ao auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como o líder do esquema. A situação de Sidney Oliveira e as implicações legais para ele e outros envolvidos continuam a ser monitoradas pelas autoridades.