A Justiça de São Paulo negou o pedido de Saul Klein, empresário e filho do fundador das Casas Bahia, para antecipar parte da herança deixada por seu pai, Samuel Klein, que faleceu em 2014. A decisão foi proferida pelo juiz José Francisco Matos, da 4ª Vara Cível de São Caetano do Sul, na última segunda-feira (25). Saul alegou estar enfrentando problemas graves de saúde e dificuldades financeiras para custear suas despesas médicas, mas o magistrado apontou contradições em seu pedido, uma vez que ele contestava a validade do documento que embasa o inventário ao mesmo tempo em que buscava se beneficiar dele.
O juiz ressaltou que Saul já havia recebido cerca de R$ 30 milhões como adiantamento da herança e que o processo de inventário se arrasta há mais de uma década, envolvendo acusações de ocultação de bens e doações irregulares. Além disso, uma ação de investigação de paternidade ainda está em andamento, o que pode alterar a divisão do patrimônio estimado em R$ 499 milhões. Apesar da gravidade do estado de saúde do empresário, não foi comprovada a urgência dos recursos além dos já cobertos por seu plano de saúde.
Com essa decisão, Saul Klein não poderá antecipar novos valores da herança enquanto o inventário prossegue no Tribunal de Justiça de São Paulo. A irmã de Saul, Eva Klein, havia solicitado sua condenação por litigância de má-fé, mas o juiz rejeitou essa solicitação. O caso continua a ser monitorado pela imprensa e as partes têm um prazo para se manifestar sobre a decisão judicial.
