A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réu o empresário Fábio Seoane Soalheiro, de 59 anos, suspeito de matar sua namorada, Bruna Martello Carvalho, na madrugada do dia 3 de agosto, em Alphaville, Barueri. Soalheiro foi indiciado por feminicídio e preso preventivamente no dia 4, alegando inocência e atribuindo a morte a uma convulsão, versão contestada pela defesa da vítima. Laudos necroscópicos inconclusivos inicialmente levaram o promotor Vitor Petri a solicitar a soltura do réu, mas a apresentação de novas evidências pela advogada Cecília Mello, representando a família de Bruna, resultou na manutenção da prisão.
As novas provas indicaram sinais compatíveis com asfixia por compressão torácica, levando à reavaliação do caso. O juiz Fabio Calheiros reconheceu indícios de autoria e materialidade do crime, determinando que Soalheiro seja julgado pelo Tribunal do Júri. A defesa do empresário criticou a denúncia, alegando falta de imparcialidade nos laudos periciais, enquanto a advogada da família reafirmou a confiança na Justiça e na proteção dos direitos da filha de Bruna, uma menina de cinco anos.
O promotor também solicitou uma indenização de R$ 100 mil à filha da vítima como reparação pelo dano moral decorrente da perda. O caso destaca a complexidade das investigações em feminicídios e a importância das evidências apresentadas no processo judicial. A família de Bruna continua buscando justiça em um contexto marcado por um relacionamento conturbado entre o casal, evidenciado por mensagens trocadas dias antes da tragédia.