O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu liberdade provisória ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu pelo homicídio do marceneiro negro Guilherme Dias Santos Ferreira, ocorrido em Parelheiros, na Zona Paulista, em julho. O PM, que estava preso desde 16 de agosto, responderá ao processo em liberdade, mas deverá cumprir diversas medidas cautelares, como comparecimento mensal em juízo e proibição de contato com testemunhas.
O crime aconteceu no dia 4 de julho, quando Fábio Anderson disparou três vezes contra Guilherme, que não teve chance de se defender. Inicialmente considerado homicídio culposo, o caso foi reclassificado após a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que solicitou a prisão preventiva do policial. A decisão do desembargador Marco De Lorenzi ressaltou que o réu possui bons antecedentes e residência fixa.
A liberação do PM e as condições impostas pela Justiça geram discussões sobre a responsabilidade policial e a confiança nas instituições judiciais. O caso destaca a necessidade de um debate mais amplo sobre a violência policial e suas consequências para a sociedade, especialmente em um contexto onde a brutalidade policial é frequentemente questionada.