A Justiça italiana negou o pedido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para converter sua prisão cautelar em domiciliar. A decisão foi publicada na sexta-feira, 15 de agosto de 2025, após uma audiência realizada no Tribunal de Apelações de Roma na quarta-feira, 13 de agosto. A Advocacia Geral da União (AGU) afirmou que o Brasil influenciou a decisão ao enviar documentos que confirmaram a legalidade da prisão cautelar para fins de extradição.
A defesa de Zambelli argumentou que a deputada não tinha condições adequadas de saúde para permanecer presa e questionou a validade do pedido internacional de prisão. No entanto, o tribunal acolheu os argumentos da AGU, reconhecendo que a prisão foi realizada em cumprimento a um mandado do Supremo Tribunal Federal e uma Difusão Vermelha da Interpol. A deputada, que está presa desde 29 de julho, passou mal durante a audiência e afirma ter síndrome de Ehlers-Danlos, uma condição rara que afeta músculos e articulações.
A situação de saúde de Zambelli será analisada pela Justiça italiana, que determinou uma perícia médica para o dia 18 de agosto. Um novo julgamento ocorrerá em 27 de agosto, quando o tribunal decidirá se ela permanecerá em prisão cautelar ou se poderá ser transferida para regime domiciliar por motivos médicos. Zambelli foi condenada em maio pelo STF a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça e aguarda o desfecho do processo de extradição para retornar ao Brasil.