A Justiça italiana decidiu, na última sexta-feira, manter a prisão cautelar da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), rejeitando um pedido da defesa que solicitava a conversão da cautelar em prisão domiciliar. A defesa alegou que Zambelli enfrenta problemas de saúde que inviabilizariam sua permanência no presídio e questionou a validade do pedido internacional de prisão. No entanto, o Tribunal de Apelações de Roma considerou que a prisão foi correta, pois ocorreu em cumprimento a um mandado emitido pelo STF, resultando na inclusão do nome da parlamentar na lista de Difusão Vermelha da Interpol.
O tribunal também reconheceu a validade dos documentos apresentados pelo governo brasileiro, que demonstraram que as autoridades brasileiras solicitaram à polícia italiana na Interpol a localização e prisão da deputada após a emissão da Difusão Vermelha. Essa decisão ressalta a colaboração entre Brasil e Itália em questões legais e a importância dos tratados internacionais que regem a extradição. A situação de saúde de Zambelli ainda será analisada, mas a Corte deixou claro que a lista da Interpol é suficiente para justificar a prisão provisória.
A manutenção da prisão cautelar de Carla Zambelli pode ter implicações significativas para sua carreira política e para o cenário político brasileiro, especialmente em um momento em que questões de corrupção e legalidade estão em evidência. A decisão também pode influenciar futuras ações legais envolvendo parlamentares brasileiros no exterior e reforça o papel das autoridades judiciais na supervisão das atividades políticas. O desdobramento deste caso poderá impactar a percepção pública sobre a atuação dos representantes eleitos e suas responsabilidades legais.