A Justiça da Itália decidiu nesta sexta-feira (1º) manter a deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) em prisão preventiva, após audiência de custódia realizada pela Quarta Seção do Tribunal de Apelação de Roma. Zambelli está detida desde a última quarta-feira (30), quando foi encontrada em um apartamento na capital italiana, após dois meses foragida da Justiça brasileira.
A parlamentar foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em janeiro de 2023. O Brasil já formalizou um pedido de extradição da deputada, que permanecerá no presídio de Rebibbia enquanto o processo tramita.
O processo de extradição na Itália envolve duas instâncias judiciais: a Corte de Apelação e a Corte de Cassação. A decisão final caberá ao ministro da Justiça italiano, Carlo Nordio, e pode levar entre um ano e meio e dois anos para ser concluída. Se a extradição for aprovada, Zambelli poderá ser enviada de volta ao Brasil para cumprir sua pena.
Além disso, o STF já determinou a perda do mandato parlamentar de Zambelli, uma decisão que ainda precisa ser formalizada pela Câmara dos Deputados, com análise prevista para agosto. A deputada estava em paradeiro desconhecido desde que a prisão foi autorizada, até ser localizada após denúncia do deputado italiano Angelo Bonelli às autoridades locais.