A Justiça italiana decidiu manter a deputada federal Carla Zambelli, licenciada pelo PL-SP, sob custódia até que seja concluída a análise sobre seu pedido de extradição ao Brasil. Detida em Roma desde 29 de julho, Zambelli foi condenada a dez anos de prisão por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, em um julgamento unânime do Supremo Tribunal Federal brasileiro. O governo brasileiro formalizou o pedido de extradição em 11 de junho, apresentando garantias legais para a ré.
Zambelli, que possui dupla cidadania, está detida no presídio feminino Germana Stefanini, em Roma, onde as condições são precárias. A audiência de custódia durou cerca de três horas e a defesa planeja recorrer, podendo solicitar prisão domiciliar ou liberdade provisória. O processo judicial pode levar entre um ano e meio e dois anos para ser finalizado, passando por várias instâncias da Justiça italiana.
Enquanto isso, a Câmara dos Deputados brasileira ainda não formalizou a perda do mandato de Zambelli. A Comissão de Constituição e Justiça deve deliberar sobre o caso neste segundo semestre, em meio a alegações de perseguição política por parte da defesa. A situação continua a gerar repercussões tanto no Brasil quanto na Itália, refletindo as complexidades das relações bilaterais e do sistema jurídico internacional.