A Justiça Federal determinou a suspensão das atividades da MHX Serviços de Mineração e Empreendimentos Ltda, atuante nos municípios de Manicoré e Novo Aripuanã, no sul do Amazonas. A decisão foi tomada após uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que revelou um esquema de extração ilegal de diamantes na região. A empresa é acusada de operar sem autorização e de cometer diversos crimes, incluindo usurpação de matéria-prima da União e lavagem de dinheiro.
As investigações da Operação Adamas indicam que a MHX extraiu diamantes entre julho de 2013 e abril de 2019, utilizando documentos falsos para tentar legalizar a venda das pedras à Agência Nacional de Mineração (ANM). Durante as buscas, a perícia confirmou que os 57,95 quilates apreendidos eram de origem ilegal, e que as áreas de exploração estavam sem autorização ou com licenças vencidas.
Como parte das medidas cautelares, os três sócios da empresa se tornaram réus e devem comparecer regularmente à Justiça, além de estarem proibidos de deixar a cidade e de manter contato entre si. O MPF também solicitou indenizações que somam R$ 5 milhões por danos ambientais e patrimoniais, além de R$ 1 milhão por danos morais coletivos e sociais para cada réu. A denúncia foi apresentada pelo 2º Ofício da Amazônia Ocidental, que atua no combate à mineração ilegal na região.
