A Justiça dos Estados Unidos negou, em 22 de agosto de 2025, o pedido de liberdade condicional de Lyle Menendez, de 57 anos, que foi condenado junto ao irmão, Erik Menendez, de 54 anos, pelo assassinato dos pais em 1989, em Beverly Hills. A decisão foi anunciada pelo Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia após uma audiência que durou mais de 11 horas. Um dia antes, Erik também teve sua solicitação recusada após uma sessão de dez horas. Ambos os irmãos, condenados à prisão perpétua em 1996, só poderão voltar a pedir o benefício em três anos.
As autoridades penitenciárias argumentam que os irmãos ainda apresentam risco à sociedade e que, para obter a liberdade condicional, deveriam comprovar arrependimento e demonstrar que não oferecem perigo. O caso Menendez é notório nos Estados Unidos, pois os pais de Erik e Lyle, José e Kitty Menendez, foram mortos a tiros dentro de casa. Na época, os filhos tentaram forjar um álibi e culpar a máfia, mas Erik confessou o crime durante uma sessão de terapia, levando à sua denúncia.
O julgamento dos irmãos Menendez é lembrado como um dos primeiros casos transmitidos ao vivo pela televisão e ganhou nova atenção no ano passado com o lançamento do documentário da Netflix “Monstros – Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais”. A recusa da liberdade condicional levanta questões sobre a possibilidade de reabilitação e o impacto do passado violento na vida dos condenados.