A Justiça dos Estados Unidos negou, na sexta-feira (22), o pedido de liberdade condicional de Lyle Menéndez, que cumpre pena há 35 anos pelo assassinato de seus pais em 1989, em Beverly Hills. A decisão foi anunciada pelo Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia após uma audiência que durou mais de 11 horas, onde se argumentou que Lyle representaria um risco à sociedade se libertado. Seu irmão, Erik, também teve o pedido negado um dia antes, em uma audiência realizada na quinta-feira (21).
O caso Menéndez ganhou notoriedade nos anos 1990 e foi um dos primeiros julgamentos transmitidos ao vivo pela televisão nos Estados Unidos. Recentemente, a história voltou a ser debatida após o lançamento do documentário e da série “Monstros – Irmãos Menéndez: Assassinos dos Pais”, que estreou na Netflix em setembro de 2024 e rapidamente se tornou um sucesso global. A defesa dos irmãos alega que o crime foi motivado por anos de abuso sexual por parte do pai, recebendo apoio de figuras públicas como Kim Kardashian.
Em maio, os irmãos Menéndez obtiveram uma vitória judicial que permitiu a análise do pedido de liberdade condicional. O assassinato de José Menéndez e sua esposa Kitty chocou o país em 1989, quando os irmãos dispararam contra os pais enquanto assistiam televisão. Inicialmente, tentaram atribuir o crime à máfia, mas a confissão de Erik ao terapeuta levou à prisão dos dois. A Promotoria sustentou que agiram para obter uma herança milionária, enquanto a defesa alegou que os abusos motivaram o crime.