A Justiça do Rio de Janeiro autorizou o Ministério Público da Alemanha a compartilhar provas com o Ministério Público da Bélgica no caso do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, suspeito de assassinar seu marido, Walter Henri Maximillen Biot, em 2022. O crime ocorreu em Ipanema, na Zona Sul do Rio, e a investigação aponta para homicídio triplamente qualificado.
Uwe Hahn, que foi casado com Biot por 23 anos, foi inicialmente preso após a emissão de um mandado de prisão, mas conseguiu um habeas corpus e fugiu para a Alemanha. O MP belga, considerando que Biot era cidadão belga, solicitou o compartilhamento de provas, o que foi aceito pela juíza Lúcia Mothé Glioche.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) contradiz a versão apresentada por Hahn, que alegou que o marido teria sofrido um mal súbito. A perícia revelou múltiplos ferimentos na cabeça e no corpo de Biot, além de indícios de que o apartamento foi limpo após a morte, sugerindo uma tentativa de ocultar evidências.