O Tribunal de Justiça do Distrito Federal decidiu, nesta segunda-feira (18), que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve religar os radares eletrônicos nas rodovias federais, que foram desligados devido à falta de recursos. A juíza Diana Wanderlei caracterizou a suspensão da fiscalização como um ‘apagão das rodovias’, destacando que a ausência dos equipamentos aumenta o risco de acidentes, uma vez que a velocidade média nos trechos sem monitoramento tende a aumentar. Após a determinação judicial, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) enviou ofícios para as empresas responsáveis e ordenou a retomada imediata do Programa Nacional de Controle de Velocidade (Pncv), reativando os equipamentos em rodovias federais sob sua administração. Essa medida é considerada crucial para a redução de sinistros relacionados ao excesso de velocidade, um dos principais instrumentos da política nacional de segurança viária. A suspensão, que começou em 1º de agosto, afetou quase 4 mil faixas de tráfego em 26 estados e no Distrito Federal, resultando em um corte significativo nos recursos destinados à fiscalização eletrônica. Especialistas em segurança viária expressaram preocupação com o aumento do risco de acidentes devido à falta de monitoramento. Enquanto a reativação dos radares federais é implementada, a conscientização dos motoristas continua sendo fundamental para garantir a segurança nas estradas.