O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou o pedido de prisão temporária de Alessandro Neves dos Santos, que confessou ter assassinado Sarah Picolotto dos Santos Grego, de 20 anos. O corpo da jovem foi encontrado em uma área de mata em Ubatuba, litoral paulista, na última sexta-feira, 15 de agosto, após o suspeito indicar o local aos policiais. Apesar da gravidade do crime, o TJSP argumentou que a prisão temporária é uma medida excepcional e não se mostrou indispensável para o andamento da investigação.
De acordo com a decisão do tribunal, a postura colaborativa do investigado não representa risco imediato às diligências. O TJSP destacou que existem diversas medidas cautelares disponíveis para viabilizar a apuração das circunstâncias do crime, como buscas e apreensões e interceptação telefônica. O caso se complica ainda mais com investigações sobre um possível estupro coletivo, já que Sarah estava desaparecida desde 9 de agosto e teria estado com outros indivíduos antes do crime.
A jovem, natural de Jundiaí, foi sepultada no domingo, 17 de agosto, sem velório devido ao estado avançado de decomposição do corpo. A negativa da prisão temporária levanta preocupações sobre a segurança da investigação e os direitos das vítimas em casos de violência extrema, enquanto a Polícia Civil continua a investigar todos os aspectos do caso para garantir justiça.