A Justiça de São Paulo realiza nesta segunda-feira (18) a primeira audiência do caso do assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, no Fórum Criminal de Cajamar, na Grande São Paulo. A audiência de instrução, marcada para as 9h30, ouvirá 20 testemunhas, incluindo pessoas ligadas aos envolvidos e membros da Polícia Civil. O réu Maicol Sales dos Santos, acusado de feminicídio, sequestro qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual, não estará presente, pois está preso preventivamente desde 9 de março.
O objetivo da audiência é determinar se Maicol será julgado por júri popular. Durante a sessão, advogados de defesa e promotores farão perguntas às testemunhas para embasar a decisão do juiz. O crime ocorreu em 5 de março, após Vitória ficar desaparecida por nove dias; seu corpo foi encontrado em uma área de mata em estado avançado de decomposição. A defesa do réu levantou preocupações sobre irregularidades no processo, incluindo a condução do interrogatório e a ausência de laudos periciais.
As implicações deste caso são profundas, refletindo não apenas a gravidade do feminicídio no Brasil, mas também as falhas potenciais no sistema judicial. A expectativa é que a audiência traga à tona evidências cruciais que possam influenciar o julgamento e a percepção pública sobre a segurança das mulheres. O caso já gerou grande repercussão na mídia e entre os defensores dos direitos humanos, destacando a necessidade urgente de reformas no tratamento de crimes contra mulheres.