A Justiça de São Paulo começou, nesta segunda-feira (18), a audiência para determinar se Maicol Sales dos Santos será julgado por júri popular pelo assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, ocorrido em Cajamar. O crime, que chocou a comunidade local, aconteceu após o desaparecimento da jovem em fevereiro, com seu corpo sendo encontrado em uma área de mata uma semana depois. A acusação sustenta que Maicol confessou o crime, alegando ter matado Vitória por medo de que ela revelasse seu relacionamento à esposa.
O Ministério Público de São Paulo denunciou Maicol por sequestro, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual, solicitando a conversão da prisão temporária em preventiva. Durante a audiência, a defesa do acusado argumentou que ele foi coagido a confessar o crime e busca anular o interrogatório realizado pela polícia. O promotor Jandir Moura Torres Neto afirmou que Maicol agiu sozinho e pediu a abertura de um novo inquérito para investigar possíveis cúmplices na ocultação do corpo.
As implicações deste caso são profundas, refletindo questões sociais sobre violência contra a mulher e os desafios do sistema judicial. Se condenado, Maicol pode enfrentar uma pena de até 50 anos de prisão. A defesa continua a insistir na inocência do acusado, enquanto novas evidências, incluindo laudos periciais que confirmam a presença do sangue da vítima em seu carro, complicam ainda mais sua situação.