O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) rejeitou o pedido do Ministério Público do estado para bloquear R$ 3 milhões em bens do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte, no último dia 11. A decisão, publicada nesta quarta-feira (20/8) e assinada pela juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, considerou que o processo ainda está em fase de inquérito e que não há elementos suficientes para justificar a medida patrimonial neste momento.
O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior é suspeito de ter disparado contra Laudemir durante uma discussão de trânsito, após solicitar que um caminhão de lixo fosse retirado da via. Testemunhas afirmam que havia espaço suficiente para a passagem do veículo. Após o incidente, Renê foi preso em uma academia e confessou o crime em depoimento ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), alegando que a discussão motivou seu ato violento.
Além de negar o bloqueio dos bens, a juíza também rejeitou pedidos da família da vítima para atuar como assistente de acusação e a participação do município e do sindicato dos trabalhadores no inquérito. A decisão destaca a complexidade do caso e as implicações legais que podem surgir à medida que a investigação avança, especialmente considerando a confissão do empresário e as responsabilidades associadas ao uso da arma, que pertencia à sua esposa, uma delegada da Polícia Civil de Minas Gerais.