A Justiça Federal determinou que a empresa Transporte e Comércio de Madeiras Bonfim, conhecida como Transbon, pague R$ 22,8 milhões em indenização por danos ambientais na Terra Indígena Alto Rio Guamá, localizada no nordeste do Pará. A decisão, proferida em resposta a uma ação do Ministério Público Federal (MPF), revela um esquema de extração ilegal de madeira e desmatamento no território da etnia Tembé.
A investigação, realizada em conjunto pelo MPF e pela Polícia Federal, expôs que a Transbon desmatou e explorou economicamente a floresta sem autorização, sendo responsável pelo corte de aproximadamente 1,7 mil árvores nativas em 2012. Além da indenização, a empresa foi condenada a prestar serviços à comunidade, voltados para projetos ambientais e recuperação de áreas degradadas.
Os laudos periciais indicaram diversas irregularidades, incluindo a inserção de informações falsas em sistemas de controle florestal entre 2008 e 2013, com o intuito de criar créditos florestais fraudulentos. A empresa também foi multada em R$ 20 mil, valor que será destinado a entidades de proteção ambiental. A Transbon ainda pode recorrer da decisão.