A Justiça do Rio Grande do Sul condenou Andrew Heger Ribas a 52 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão, além de 1 ano, 5 meses e 8 dias de detenção, por homicídios qualificados e ocultação de cadáver. A sentença foi proferida nesta quarta-feira (6) em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, em um caso que envolve o desaparecimento de Rubem Affonso Heger, de 85 anos, e sua esposa Marlene dos Passos Stafford Heger, de 53 anos, cujos corpos nunca foram encontrados.
O crime ocorreu em fevereiro de 2022 e, após um julgamento que contou com o depoimento de oito testemunhas, o júri considerou Ribas culpado por dois homicídios, além de fraude processual e maus-tratos a animais. Ele está internado no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) e a decisão judicial afastou sua inimputabilidade. A defesa do réu não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
Durante o julgamento, Ribas alegou que, no dia do crime, ele e sua mãe visitaram as vítimas e que, após um almoço, notaram que Rubem e Marlene estavam adormecidos. Ele afirmou que sua mãe teria dito que “eles não iriam acordar mais”, mas negou ter presenciado qualquer ato criminoso. O promotor Caio Isola de Aro contestou a defesa, afirmando que Ribas tinha plena consciência de suas ações e que o crime foi premeditado em conjunto com sua mãe, Cláudia de Almeida Heger, que também era ré no caso, mas faleceu em março deste ano devido a complicações de saúde.