Os juros futuros no Brasil tiveram um desempenho negativo na quinta-feira, 21 de agosto de 2025, com uma inclinação crescente na curva. Em um dia marcado por variações tímidas no dólar e na Bolsa, uma pesquisa que indicou um cenário mais favorável ao governo Lula nas eleições de 2026 e incertezas sobre as tensões entre Brasil e Estados Unidos pressionaram as taxas, que chegaram a abrir cerca de 15 pontos-base nos vértices mais longos. O ambiente externo, com reações dos Treasuries às declarações cautelosas do Federal Reserve, também influenciou a volatilidade das taxas. Ao final do pregão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subiu de 14,03% para 14,08%, enquanto o DI para janeiro de 2029 avançou de 13,329% para 13,41%. A pesquisa do instituto Genial/Quaest revelou que Lula lidera em todos os cenários de segundo turno para as eleições de 2026, aumentando as incertezas sobre o futuro político. Além disso, o impasse entre Brasil e EUA, agora também envolvendo o Judiciário, trouxe mais volatilidade às taxas futuras. A arrecadação federal de julho superou as expectativas, somando R$ 254,2 bilhões, refletindo a resistência da atividade econômica, especialmente no setor de serviços. Economistas destacam que a arrecadação continuará a ser um fator crucial na percepção do risco fiscal e no cumprimento das metas fiscais para 2026.