Os juros futuros no Brasil enfrentaram um desempenho negativo no pregão de quinta-feira, 21 de agosto de 2025, com uma inclinação crescente na curva. O cenário político, que mostra uma vantagem do presidente Lula nas eleições de 2026, e as incertezas nas relações com os Estados Unidos, especialmente após decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), pressionaram as taxas, que chegaram a abrir cerca de 15 pontos-base nos vértices mais longos. Além disso, o ambiente externo, marcado por declarações cautelosas do Federal Reserve sobre cortes de juros, contribuiu para a volatilidade das taxas futuras. O economista Rodrigo Ashikawa destacou que as incertezas em relação ao resultado das eleições de 2026 e a resistência da atividade econômica, especialmente no setor de serviços, são fatores que influenciam a percepção de risco fiscal. Com a arrecadação federal superando expectativas, a situação fiscal do Brasil continua a ser monitorada de perto, enquanto o impasse nas relações com os EUA pode trazer desdobramentos adicionais para a política monetária local.