O Tribunal do Júri da 3ª Vara Criminal de Santarém, no oeste do Pará, finalizou na noite de sexta-feira (1º) o julgamento de cinco réus envolvidos no assassinato de Antonio Carlos Ferreira da Silva, conhecido como 'Preto', ocorrido em novembro de 2017 na comunidade de Boim, região do Tapajós. O crime, que chocou a população local, foi caracterizado pela brutalidade, com a vítima sendo agredida com golpes de madeira e facão, além de ter seu corpo queimado enquanto ainda apresentava sinais vitais.
Durante o julgamento, que começou na quinta-feira (31) e se estendeu até a noite de sexta, apenas um dos réus, Glaciado dos Santos Souza, foi condenado a 21 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado. Os outros quatro réus foram absolvidos por falta de provas suficientes que comprovassem sua participação no crime. A defesa argumentou que não havia evidências concretas da responsabilidade de todos os acusados.
O Ministério Público denunciou o grupo por homicídio triplamente qualificado, alegando que os réus agiram de forma conjunta após um desentendimento com a vítima. A brutalidade do crime levantou suspeitas de execução premeditada, o que motivou a severidade da acusação. O Conselho de Sentença, no entanto, considerou que a responsabilidade dos quatro réus absolvidos não foi devidamente comprovada.
A condenação de Glaciado dos Santos Souza foi reconhecida pelo júri, que considerou a materialidade e autoria dos fatos. Ele foi imediatamente preso após a sentença, e não terá direito a recorrer em liberdade, conforme a decisão do tribunal.