Bartolomeu Bueno da Silva, mais conhecido como Anhanguera, será o foco de um julgamento encenado no espetáculo Júri Épico, que ocorrerá no Teatro da PUC Campus V, em Goiânia, nos dias 23 e 24 de agosto. A proposta do evento é recriar uma simulação de julgamento que discute a atuação do bandeirante na colonização do estado, permitindo que o público participe dos debates e decida o destino do réu ao final da apresentação.
O espetáculo busca refletir sobre a cultura, identidade e herança histórica de Goiás, trazendo à tona a figura polêmica de Anhanguera, que é considerado o fundador da cidade de Goiás e um personagem central na exploração do território goiano. Seu apelido, que remete à sua brutalidade contra os povos indígenas, levanta questões sobre os massacres e a escravização promovidos durante suas expedições em busca de ouro no século 18.
A realização do Júri Épico não apenas entrelaça teatro e Direito, mas também provoca uma discussão necessária sobre a memória histórica e as consequências das ações dos bandeirantes. O evento promete engajar a comunidade em um diálogo sobre a complexidade da colonização e suas repercussões na sociedade contemporânea.