O julgamento do recurso da defesa de Adriana Villela, condenada em 2019 pelo assassinato de seus pais e da empregada da família, foi adiado para agosto pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso, conhecido como 'crime da 113 Sul', remonta a agosto de 2009, quando os crimes foram cometidos. A defesa questiona a condenação aplicada nas instâncias inferiores e pede a anulação do veredito do júri.
Os desembargadores também devem deliberar sobre um pedido de prisão imediata de Adriana Villela, solicitado por assistentes de acusação que representam a empregada assassinada. Este pedido se baseia em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite a execução imediata da pena em casos de condenação pelo tribunal do júri, mesmo que o réu ainda tenha recursos pendentes.
O relator do caso, ministro Rogério Schietti Cruz, já havia votado pela manutenção da condenação e pela prisão imediata de Villela, mas um pedido de vista do ministro Sebastião Reis Júnior adiou a análise. A defesa argumenta que houve cerceamento de defesa durante o julgamento e que a decisão dos jurados foi contrária às provas apresentadas. O recurso tramita no STJ desde 2023 e a discussão sobre a possibilidade de prisão imediata foi levantada após uma decisão do STF em setembro do ano passado.