O julgamento da arquiteta Adriana Villela, de 61 anos, acusada de orquestrar o assassinato dos pais no caso conhecido como Crime da 113 Sul, será retomado no dia 2 de setembro pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O processo estava suspenso desde o início de agosto, quando a Sexta Turma do STJ adiou a sessão após um voto inicial do ministro Sebastião Reis Júnior, que defendeu a anulação da condenação anterior. O magistrado argumentou que a defesa foi prejudicada por não ter acesso integral às provas durante a instrução do caso.
O crime ocorreu em agosto de 2009, quando José Guilherme, Maria e Francisca foram brutalmente assassinados em seu apartamento na 113 Sul, em Brasília. O porteiro do prédio, Paulo Cardoso Santana, foi condenado a 62 anos de prisão por sua participação no crime, enquanto os coautores Leonardo Campos Alves e Francisco Mairlon receberam penas de 60 e 55 anos, respectivamente. A nova data do julgamento traz à tona questões sobre a justiça e os direitos da defesa em casos de grande repercussão.
As implicações do julgamento são profundas, não apenas para Adriana Villela, mas também para a confiança do público no sistema judiciário brasileiro. A decisão do STJ pode reverter uma condenação que já foi considerada definitiva e reacender o debate sobre a condução de processos judiciais em casos complexos. O caso continua a ser um tema sensível e amplamente discutido na sociedade brasileira.