O julgamento da Chacina do Curió, que resultou na morte de 11 pessoas em Fortaleza, chega ao seu terceiro dia nesta quarta-feira (27). Sete policiais militares estão sendo julgados pela 1ª Vara do Júri da capital cearense, acusados de homicídios e torturas, com o Ministério Público do Ceará alegando que eles se omitiram durante a ocorrência dos crimes. O crime, que ocorreu entre a noite de 11 e a madrugada de 12 de novembro de 2015, envolveu principalmente jovens sem antecedentes criminais.
Desde o início dos julgamentos em junho de 2023, o caso já resultou em condenações e absolvições de outros réus. Dos 30 acusados, 20 já foram julgados, com seis condenações e 14 absolvições. O procurador-geral de Justiça do Ceará, Haley Carvalho, destacou que os réus formam um ‘Núcleo da Omissão’, pois estavam em serviço na área e não tomaram medidas para evitar a chacina.
As implicações desse julgamento são profundas, refletindo sobre a responsabilidade das forças policiais em situações de violência. A sociedade cearense observa atentamente o desdobramento do caso, que pode influenciar futuras ações judiciais e políticas públicas relacionadas à segurança e à atuação policial no estado. O próximo julgamento está agendado para 22 de setembro, onde mais três réus serão analisados.