Julgamento da Chacina do Curió avança com depoimento de réus em Fortaleza

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O Tribunal de Justiça do Ceará iniciou neste sábado, 30 de setembro, o sexto dia do quarto julgamento da Chacina do Curió, ocorrida em 2015 na Grande Messejana, Fortaleza, que resultou na morte de 11 pessoas. A sessão começou às 9h40 com o depoimento de Renne Diego Marques, um dos réus, que optou por responder às perguntas após ser informado sobre seu direito ao silêncio. Neste julgamento, sete policiais militares estão sendo acusados de omissão durante os crimes, enquanto 20 dos 30 réus já foram julgados anteriormente.

A chacina aconteceu entre a noite de 11 e a madrugada de 12 de novembro de 2015, e a maioria das vítimas tinha entre 16 e 18 anos, sem antecedentes criminais. O Ministério Público do Ceará denunciou inicialmente 45 policiais militares, mas apenas 30 foram levados a júri. Até agora, três etapas do julgamento foram concluídas, com condenações e absolvições que refletem a complexidade do caso e a luta por justiça das famílias das vítimas.

O julgamento atual é crucial para entender a responsabilidade dos policiais envolvidos e as implicações da omissão no combate à violência. Com mais três réus programados para serem julgados em 22 de setembro, o caso continua a gerar debates sobre a atuação da polícia e a necessidade de reformas no sistema de segurança pública no Brasil.

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