Uma juíza federal bloqueou na sexta-feira, 29 de agosto de 2025, a administração Trump de executar deportações rápidas de migrantes sem documentos detidos no interior dos Estados Unidos. A juíza Jia Cobb, em Washington, D.C., considerou que a ampliação do uso do estatuto federal de remoção acelerada pela administração republicana poderia violar os direitos de devido processo dos indivíduos. O presidente Donald Trump havia prometido uma operação massiva de deportação durante sua campanha de 2024, estabelecendo a meta de realizar um milhão de deportações por ano em seu segundo mandato.
Cobb argumentou que o governo não pode aplicar a remoção acelerada a um grande grupo de pessoas que vivem no interior do país sem garantir o devido processo legal. Ela destacou que priorizar a velocidade nas deportações pode resultar em erros e remoções indevidas. A decisão da juíza também bloqueou temporariamente os esforços da administração para expandir as deportações rápidas a imigrantes que entraram legalmente nos EUA sob um processo conhecido como liberdade condicional humanitária, o que pode beneficiar centenas de milhares de pessoas.
A medida da juíza surge em um contexto de crescente tensão sobre as políticas de imigração nos Estados Unidos, especialmente sob a administração Trump. Desde maio, oficiais do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas têm realizado prisões em massa, mas a decisão de Cobb pode limitar esses esforços e exigir que o governo respeite os direitos dos imigrantes. O Departamento de Segurança Interna já enfrentou ações judiciais por parte da União Americana pelas Liberdades Civis e grupos de direitos dos imigrantes em resposta às suas políticas mais rigorosas.