Uma juíza federal dos Estados Unidos bloqueou o procedimento acelerado de expulsão de migrantes, que não previa audiência em tribunal, um revés significativo para a política de deportações do presidente Donald Trump. O procedimento, conhecido como ‘expulsão acelerada’, tem sido utilizado pelo governo republicano para devolver rapidamente migrantes detidos na fronteira com o México. No entanto, a juíza Jia Cobb argumentou que a ampliação desse procedimento poderia resultar na expulsão indevida de pessoas sem o devido processo legal, especialmente aquelas que já estavam no país há mais de dois anos.
Cobb, nomeada pelo ex-presidente democrata Joe Biden, destacou que a aplicação generalizada do procedimento violaria direitos constitucionais, afirmando que todos têm direito a um processo justo, conforme garantido pela Quinta Emenda da Constituição. A juíza não questionou a constitucionalidade da lei de expulsões aceleradas, mas enfatizou a necessidade de garantir que ninguém seja expulso sem a oportunidade de ser ouvido. Essa decisão reflete as dificuldades enfrentadas pela administração Trump em implementar sua agenda de deportação em larga escala.
As implicações dessa decisão judicial são significativas, pois podem dificultar ainda mais os planos de deportação da administração Trump, que já enfrentou vários obstáculos legais. A proteção dos direitos dos migrantes e o devido processo são temas centrais no debate sobre imigração nos Estados Unidos, e essa decisão pode influenciar futuras políticas e ações judiciais relacionadas ao tema. A luta pela proteção dos direitos dos migrantes continua a ser um ponto crítico nas discussões políticas atuais.

